quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Mensagem de Natal.




Mais um natal chegando e afinal, alguém lembra mesmo o que se comemora no Natal? Ou será que andamos mesmo é perdidos e esquecidos entre tantas sacolas, enfeites e comidas típicas da época? Sim, dias 25/12 comemoramos o nascimento de Cristo, aquele mesmo que mostrou sua virtude com exemplo e isso vale mais do que qualquer discurso pomposo. Nos dias de hoje, aposto que muitos adorariam que o mesmo tivesse Orkut, assim ninguém esquecia seu aniversário, não é mesmo?
E você, o que pretende dar de presente ao nosso Salvador neste Natal? Não, ele não aceitará nada material, nem em corpo ele acreditava que isto pudesse nos trazer alguma benesse. Alguns dirão: Talvez, lhe darei mais um punhado de promessas vãs sobre o quanto dignificarei seu nome sendo e agindo de forma virtuosa como prega o evangelho. Palavras o vento leva... Não é mesmo?
Quem sabe então, se após grande reflexão, descobríssemos nosso maior defeito, aquela chaga moral que nos envergonha. Porque não lutar de forma incansável no ano vindouro e oferecer a Jesus uma alma mais dadivosa e luminosa?
É tempo de aniquilar com todas nossas forças por mais difícil que seja: o fatalismo, a preguiça, o orgulho, a vaidade e sobretudo está chaga chamada egoísmo e buscar incessante e incansavelmente, a virtude que não nos julgamos capazes de obter. Somos capazes sim. Desejo a todos, que a lágrima derramada na noite de Natal, não seja apenas a lágrima da data triste que nos lembra quem partiu, nem também apenas uma reverberação da nossa sanha consumista como deverás vivenciamos nos dias de hoje. Talvez um dia, neste dia, a alegria interior será tão pungente, a certeza de estarmos trilhando o caminho certo brilhará com tamanha força, que o que ofereceremos a Jesus, serão luzes, repletas de paz e harmonia, irradiadas do nosso coração regenerado.

Rodrigo

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

2008

Finda-se o ano de 2008 e com ele um pouco de nós também fica pelo caminho.

Aguardamos este momento de fim de ano para reforçar promessas, reafirmar a postura de um novo ser que nascerá junto com o ano vindouro. Promessas de buscar uma felicidade escondida há tempos, silenciar interiormente idealizando uma calma inexistente, se livrar por hora da chaga do egoísmo reinante, da vaidade deturpante. Cuidarei do corpo, da mente e da alma com muito mais afinco do que no ano que se vai. Ah, sem esquecer-se de realizar os nossos famigerados sonhos, ou ir ao menos em direção dos mesmos. Porém, sabemos que a folhinha de calendário por si só não resolverá nossas mazelas, nem trará aquela paz zen budista tão sonhada, mas acreditamos ser possível, e como acreditamos.

Se o gênio da lâmpada me concedesse um desejo para 2009, apenas um, diria: desejo desejar menos. Desejando menos serei muito mais feliz, desejando menos minha paz se agiganta, meu interior se aquece e tudo que receber do mundo, receberei agradecido, e assim quem sabe, nos livremos pelo menos um pouco daquela incomoda sensação de insatisfação crescente que nos domina cotidianamente. É isso aí, desejar menos... Estar cônscio de não sermos nada mais do que um grão de areia dourado neste universo infinito e mesmo assim, regogizar intimamente com todas as implicações de insignificância e grandeza contidas nesta aventura ilógica que é viver.

Pra mim, todo fim de ano traz um pouco de uma saudade indizível, quando percebo a casca do tempo que se esvai sem trégua, quando vejo tantos momentos eternizados e que sabidamente serão sublimes na parede da memória, e outros tantos ainda por viver. Tenho tanta saudade do que ainda virá. Tantas etapas para conquistar e outras conquistadas já, batalhas internas que venci este ano, medos perdidos, dores superadas, uma aceitação maior do que sou, e não mais a eterna lamentação do que eu deveria ter sido, até porque estou vivo para buscar ser o que deveria ter sido.

Em cada ano que finda, cada pagina virada no calendário da vida, um pouco de um Rodrigo que não se sabe mais aquele dá Adeus a si próprio, e quase consigo vê-lo no espelho imaginário, derramando aquela lágrima intrínseca às despedidas e desejando toda sorte do mundo para o novo que ainda virá.

Que os bons ventos de 2009 me tragam e tragam a todos, antes e depois de tudo: amor e aceitação! Sim, amor e aceitação no seu sentido mais amplo e verdadeiro.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Para obter resultados diferentes.

“Em uma relação amorosa, se a convivência é ruim, a paciência é zero e o respeito nulo, não duvide, ficará pior com o tempo. Se as magoas se avolumarem, e você insistir insanamente viver está relação tóxica, o resultado pode ser no mínimo triste e traumatizante. Fuja de relações tóxicas. Sua saúde mental agradece”.

Acreditar no amor sim, achar que o mesmo transforma em dias ou meses a visão de mundo e toda gama de valores ou ausência deles, vivenciadas, sentidas e vividas pelos seres, durante sua vida inteira, é tolice! Por isso redobre a atenção, este ser humano com quem você divide sua vida neste instante, assim o será por um longo tempo ou quem sabe pra sempre, com todos os defeitos e qualidades que emanam da sua personalidade. Está feliz com esta constatação? Ótimo; Se não está, fuja logo.

Não prometa muito e nem acredite em promessas. Lembre-se do Cazuza, fazendo suas “promessas malucas tão curtas quanto um sonho bom”. Evite promessas e desconfie das ouvidas. Muito das promessas que ouvimos ou dizemos são apenas isso mesmo, “tão curtas quanto um sonho bom” que se transformam em pesadelos e cobranças mais adiante.

Só o sofrimento traz crescimento! Adoro está frase e concordo muitíssimo com ela. Agora, escolher sofrer e viver situações desagradáveis por livre e espontânea vontade é de uma estupidez sem tamanho.

Seja otimista em relação ao ser humano. Mas não exagere. Cada um é o que é. E a mudança dos seres, assim como mostra nossa natureza, não vem a galope. Só mudamos quando enfrentamos sofrimento atroz e depois de muito tempo e boa vontade, aliás, muita boa vontade interior. Mas boa vontade e perseverança nunca se confundem com acomodação e palavra vã. Esteja atento aos detalhes. Quem dorme um e diz que acordou outro ser, está no mínimo contando uma estória mambembe para si e para os outros.

Por fim e o mais importante: Aprenda com suas falhas; mude; reinvente-se; e tente não ser insano, cometendo sempre os mesmos erros, esperando resultados diferentes.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

UM SONHO DE SIMPLICIDADE 2




Pensei em uma média razoável para mim. Ainda acho demais. Mas fiz está escolha simples. Contento-me com ela por hora. Decidi agir da seguinte forma: Escolhi cinco peças de cada item do vestuário, sem exceção, apenas cinco. O resto? Doação que sempre chega em boa hora para quem precisa. Salvo roupa íntima é claro; Dona Teresinha agradeceu...
Ainda é um privilégio eu sei, no país dos desprovidos, estar provido de tanto. Mas já é um começo. Mesmo não sendo consumista achei que tinha demais.
Às vezes precisamos de um choque para tomar atitudes simples. Crianças em abrigos, apenas com a roupa do corpo em Santa Catarina, centenas de colchões espalhados lado a lado, sim, muitos tinham sua casa, seu carro e perderam muito mais que isso. Perderam-se vidas humanas, famílias inteiras, mães sem os filhos, filhos sem mãe, dores que não cicatrizam.
Sim, tenho demais ainda. Só me desfiz de uma parte material, mesquinha, pouco, muito pouco.
Simplicidade, quem disse que preciso de 20 calças para ser feliz? Quem disse que o cartão de crédito sem freios cura minhas dores? Meus dissabores? Quem disse que o excesso nos faz falta??? O Natal chegando, o consumismo a mil, mesmo em tempos de crise. Aonde vamos com tantas bugigangas? Tantos enfeites? Tantas roupas que sequer chegaremos a usar? Tantas coisas inúteis? Desvirtuamos tudo sempre. Então decidi outro aspecto que julguei importante: Para cada peça que vier a comprar (não pretendo comprar nenhuma) ou ganhar, tenho que me desfazer de algo que já tenha, sem ultrapassar minha meta de quantidade por item. Ótimo, ao menos uma pessoa que tem apenas uma camiseta, uma calça, passará a ter duas; e têm tantos apenas com a roupa do corpo neste exato momento.
Sei que é uma postura até certo ponto insignificante perto de tantos necessitados, mas se outros tantos encontrarem dentro de si, um caminho particular para uma vida mais simples, fugindo da ostentação, dos excessos, do consumismo vil e desnecessário, quem sabe assim um novo horizonte mais iluminado brilhe para uma maioria que hoje assisti a tudo triste, com fome, sede, etc.
Minha pequena contribuição... Quem sabe não me contente com três peças logo mais. E se consegui fazer isso com roupas, o quanto não posso fazer com minhas mazelas internas hein? Ferir menos, enraivecer-se menos, ser mais paciente, calmo. Recuar na vaidade, inveja, egoísmo. Bem mais complicado não? Mas um dia chego lá, todos chegaremos! Afinal crescer, evoluir, desapegar-se e ser feliz com o que se tem, é um caminho mais seguro para tentarmos ir de encontro a tão sonhada paz interior e felicidade do que tanta matéria inútil. E você consegue desfazer-se daquela calça que adora? Ou aquela camisa linda que pagou uma fortuna (e nunca usou)? Tente! Aposto que será capaz e sentirá um alivio ao perceber que não lhe faz falta.

Ps: Minha mãe me olhou um tanto incrédula, antes praguejou um pouco. Chamei para uma conversa séria no quarto: Mãe, eu tenho algo sério a lhe dizer... Pelos dissabores amorosos recentes e variados por mim vividos, imaginou que eu iria virar padre ou missionário, viver recluso (recluso na casa dela o que é pior); Aposto que me imaginou aos 40 ainda em casa, comida no prato, coando o feijão pra mim (Deus é pai) então, deu-se por satisfeita quando (apenas) enchi três sacolas grandes com minhas roupas....

domingo, 30 de novembro de 2008

Sereis Livre.




A suposta alegria de muitos não me apraz. Não busco lenitivo nesta sede incessante por coisas que nunca confortarão nossos corações perdidos, nossa alma sedenta por mais, sedenta por uma felicidade vã.

Este sorriso amarelo que me oferecem está preocupação falseada que alguns fingem ter.

Porque tanto jeito para disfarçar a suprema indiferença por tudo e todos?

Seguimos hipócritas, fingindo que nos importamos, e não.

Seguimos com belos discursos que não convencem nem a nós mesmos.

Seguimos maquiando defeitos da alma em nome de algo que chamamos de personalidade.

Sendo severo no julgamento aos outros e um anjo do perdão e indulgência nas poucas vezes que conseguimos enxergar algo negativo em nós mesmos.

Ou dilacerando nosso espírito com tola comiseração, inúteis culpas eternas, sem forças para reagir, autômato de alma.

Seguimos egoístas, querendo que o outro aceite o que nós nunca aceitamos.

Querendo que o outro entenda o que nunca tentamos entender.

Querendo suprir o vazio interior com artifícios inebriantes e ilusórios.

A completa e irrestrita ausência de valores vivenciada hoje só é reconfortante para o ignorante, para o cego de certas verdades indeléveis.

Mas um dia entenderemos sobre a inutilidade em desperdiçar nossa vida estando à margem de si mesmo, será como um clarão em nossa mente a certeza de que o profundo sono experimentado em relação às verdades do espírito, só confunde e infelicita, nunca liberta nunca nos aproxima da nossa destinação maior que é Evoluir!

domingo, 23 de novembro de 2008

Vislumbro

Vislumbro a paz, irremediavelmente alcançável, sinto-a branca, aconchegando em mim.
Vislumbro a alegria de um olhar, acariciado por meus atos de amor e carinho.
Vislumbro o raiar de um novo dia, nos convidando a brindá-lo serenamente.
Vislumbro o sol, com sua luz a queimar nossa face com mansidão.
Vislumbro noites amenas e tranqüilas, agraciadas por horizontes enluarados.
Vislumbro a retidão de caráter. O dominar-se a si mesmo.
Vislumbro A benevolência em atos, o olhar calmo, as mãos que só afagam e não ferem.
Vislumbro sim, um desapego à vaidade lancinante.
Em outros seres eu me enxergo a todo instante

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Eu tive um sonho, outro mundo é possível!

A demonstração de nossa fé em Deus é feita de atos de amor ao próximo e da percepção da necessidade premente e constante de: perceber-se e melhorar-se, perceber-se e melhorar-se.


Imperativo é perceber que são nossos atos e não o que falamos, que determinam o que, e quem somos.
Glorioso dia onde egoísmo é assimilado e demovido de nossos corações, quando cônscio percebemos suas intenções torpes. Digam-me, quantos que se concentram apenas no seu EU semeando individualismo, colhem fruto valorizo de tão triste plantio?

Regozije-se quando uma pequena parte de quem tu es, enxergar que a vaidade a todo custo é fonte inequívoca de sofrimento. O ser excessivo em vaidade arde em febre, cria uma falsa imagem de si, entorpece de maneira incoercível sua alma.
No espelho da vida, enxergue nos outros não mais do que o próprio reflexo. Somos iguais perante a evolução, é só o tempo de despertar que nos difere, e vamos todos nós caminhando de forma lenta e irrevogável rumo a perfeição.

Busque incansavelmente a VIRTUDE. Não em discursos, não em livros, mas dentro de si. Esqueça as palavras, a ajuda desinteressada a um irmão em necessidade, mesmo que seja apenas para ouvi-lo, lançando ao coração do mesmo, uma palavra de otimismo e esperança, pois, muitas vezes, a solidão é arrebatadora e inescapável. Virtude é atitude, não palavra vã. E quando perceber que sua porção humana ainda não se corrompeu por completo, a indiferença perante as misérias do dia a dia ainda não te atingiu como um todo, e surgir o desejo inconsumível de melhorar, crescer, evoluir em espírito e verdade, então neste dia, Alegra-te, pois, são destas pequenas vitórias da virtude, deste pequenino despertar, que reconstruiremos nossa alma, muito mais perfumada e dadivosa.Termino citando Humberto Eco: Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos.

sábado, 23 de agosto de 2008

Estranho sentimento

Estranho sentimento declamado por bocas e letras, que soam muitas vezes como uma verdade indestrutível, porém, se apaga a sombra da menor dificuldade.
O dito e repetido ontem, hoje já não existe mais, não tem mais sentido, razão.
Os sonhos acalentados por tempos desfazem-se em frações de horas.
Como algo profundo deixa de existir como em uma mágica?
Não. Há uma profunda incoerência entre o que dizemos e a verdade.
Amar é uma decisão, não um sentimento.
Só quando investimos além da superfície, é que temos a chance de descobrir algo a cerca deste sentimento belo e sobre nós mesmos.
Quando apenas um sopro de defeito humano o derruba, nada de verdadeiro ali existia.
No nosso mundo instantâneo, descartável, fútil, as esperanças caminham como uma miragem, uma quimera. Parte de um sonho infantil rapidamente açoitado pela realidade do cotidiano.
Refugiar-se no egoísmo é sempre um caminho aparentemente perfeito.
Adentrar o mar da vaidade, tão intrínseca em nós, mas apontada apenas nos outros, é caminho corriqueiro.
Mas a verdade sobre quem somos um dia aparece.
Porque enganamos a todos, mas não há como fugir de si mesmo!

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Nosso querer sem nada fazer.


Quantas juras incautas a cerca de, quanta ilusão dita e vivida por. Aguardamos esperançoso o maior, o indelével, o grande amor de nossas vidas. Mas geralmente o aguardo é assim, marcado por um egoísmo pungente, cercado por nossa vaidade incansável, repleto de medos, de nostalgias tolas, de ausência completa e irrestrita de valores, de virtudes.
Como espera que o amor o alcance, os seres que estagnaram sua forma de enxergar o mundo? De melhorar-se constantemente? Melhorar seus atributos interiores, estes sim, citados a exaustão, mais pouco valorizados por uma maioria cega na sua apequenada maneira de enxergar a vida e seus semelhantes. Como querer que um amor com doce perfume os alcance, os que cultivam um jardim sem vida, sem cor, repleto de desamor?
Os amores que nos chegam são sim, do tamanho da nossa alma, do tamanho do percebimento, da nossa inteligência e do entendimento de tudo que podemos ser ou fazer pelos outros. Por isso, não lastime sua sorte amorosa. Agregue valor a sua vida de relação, não caia na triste e fácil tentação do vale tudo, da futilidade vil que assola nossos caminhos. Dos desenganos de toda sorte.
Quer amar e ser amado de verdade?
Pra isso precisa crescer como pessoa! Mudar o prisma, mudar seus argumentos, reinventar-se, sair daquele circulo vicioso de uma profícua prostração perante tudo. Enxergar de forma plena e irrestrita os meandros da nossa alma solitária. È uma longa batalha nesta jornada e nunca se esqueça: Vai doer muito pode ter certeza. Não há crescimento sem dor, não há colheita valorosa sem um árduo plantio e nunca haverá de renascer um novo ser, sem antes virar cinza.

domingo, 1 de junho de 2008

Auto retrato


Tentei me enxergar de longe, sem pretensões. Eis o resultado:

Sou a contradição em pessoa, não compactuo da lógica imutável do sempre foi e sempre será. Eu prefiro ser esta metamorfose ambulante... Sistemático, preguiçoso e chato. Tenho um humor ácido e argumento pra tudo.Turrão, impaciente e muitas vezes, eu acho que sou o dono da razão. Opa... Ouvi ecos dizendo “todas” às vezes. Resmungão, mimado, carente. Alterno humores com a velocidade de um sorriso ou uma lágrima insurgente. Qualidades? Tenho várias... Inteligente, sempre disposto a aprender. Desde cedo aprendi a dar valor ao conhecimento, ao mínimo de intelecto, ao mínimo de busca por saber, conhecer, aprimorar-se. Não me conformo com tanta futilidade, tanta imbecilidade, tantas mentes vazias, virgens. Enfim, sou um ser pensante, o que a julgar pelo atual contexto, já é algo muito bom. Valorizo meus raros amigos, deles não abro mão e não tenho medo de dizer o que sinto. Muitas pessoas figuraram na minha vida, e para algumas delas, dei ares de estrela singular, ledo engano. Não passavam de meros figurantes. Pela indiferença destas, já chorei lágrimas de sangue. Por isso e por milhares de outros fatores, Amo meus pais, que são tudo que tenho, e por eles dou minha vida agora se precisar, e sem os mesmos, acredito que a vida seria insuportável. Não lido bem com a solidão. Mas a prefiro mil vezes a sorrisos falsos, pretensos amigos e amores. Sou um cara carinhoso com todos e nós olhos de qualquer um me enxergo. Desprezo quem ama o dinheiro acima de tudo, os arrogantes, as pessoas que se acham superiores aos outros e mais ainda as pessoas que fingem para si virtudes que não possuem, a isso dou o nome de miséria moral. Já fui muito machista e moralista, hoje tento mudar esta visão arcaica, tento. Amor na selva de São Paulo? Coisa rara. Mas ainda me restam esperanças. Estou aprendendo a diferenciar bem a amizade e apreço sincero de alguns, da indiferença gritante da maioria. Só gosto de sol na praia. Queria que em São Paulo fizesse ao menos 300 dias de frio e chuva, adoro frio, aos domingos então, nem se fala. Como me faz bem abrir a janela e ver o seu nublado, aquele friozinho. As poucas chances que tive para realizar algum sonho ou vontade, não o fiz. Por situações, por outras pessoas, enfim deixei a casca do tempo passar esperando outra oportunidade, por medo de viver, amor ou falta dele, sei lá. E acho que vou continuar assim, vou? Não acredito mais em felicidade e sim em momentos felizes, por isso aproveito os meus. Divido-me entre a indignação e o riso com os livros de auto-ajuda. Faça-me um favor? Mande um exemplar do “O segredo” para os mais de três bilhões de famintos do globo, quem sabe o livro não se materializa em comida de verdade, assim como aquele sonhado carrão? Querer é poder? Não para maioria! Fico perplexo com a falsidade de quem usa a palavra de Deus e não mostra em atitudes sua aproximação com o mesmo, fé é ato e não palavra vã. Acredite, cem pais nossos e olhos marejados na missa de domingo não irão fazer de você alguém melhor. Porém, tentar tornar o dia de alguém melhor, por exemplo, sim. E se este exemplo aparentemente tolo já serve, imagine o quanto de bem você pode fazer em um dia, um mês, um ano? A virtude esta na atitude, apenas na boca, ela é um reflexo hipócrita de uma mentira mal contata aos outros e a si mesmo. O melhor ou pior de tudo? Meus pensamentos estão no limiar do momento vivido, pronto pra mudar ou reinventar-se. Aquele fio do destino, aquele momento que faz você escolher isso ou aquilo, o que chamam de experiência, aquela mágica que transforma sentimentos e idéias, me levarão a muitas outras visões sobre o mundo e sobre todos, e no fim, descobrir muito mais sobre mim mesmo também. O roteiro da minha vida esta aberto, o que virá nas próximas paginas? Vou tentando descobrir enquanto vivo.................

E o quebra cabeça se encaixa.

Gosto muito do Radiohead..a melancolia dos mesmos as vezes se aproxima da minha..Não, não sou tão triste como eles aparentam ser..mas algumas músicas tocam profundo. Está é uma delas. Pela letra amalucada de sempre, sem sentido, sem retorno, irreversível, a melodia urgente...que nos empurra ao.." Faça algo logo pela sua vida", tudo muito urgente... como muitos aspectos de nossa vida....

Jigsaw Falling Into Place

O quebra-cabeça se encaixa

Assim que você pega na minha mão
Assim que você anota o meu número
Assim que as bebidas chegam
Assim que eles tocam sua música favorita
E a conversa perde a graça
E você para de falar que nem uma matraca
Antes de você se cansar
Volta e se concentra
As paredes se derretem
E o seu sorriso do gato de alice
Desfoca tudo ao seu redor
Você tem uma missão aqui
Antes da coruja piar
Antes do animal gritar
Pras câmeras de segurança
Antes do coma alcóolico

Antes de você fugir de mim
Antes de você se perder no barulho
A batida não para, não para
A batida não para, não para
Na verdade eu nunca consegui
Sempre fingi que consegui
Quem precisa de instrumentos?
Palavras são balas perdidas
Vem e deixa rolar
Vem e deixa rolar
Vem e deixa rolar
Vem e deixa rolar
Antes de você fugir de mim
Antes de você se perder no barulho
E pegar o microfone
E sair dançando, dançando, dançando...

Os quebra-cabeças se encaixam
E não há nada pra explicar
Vocês se olham quando se cruzam
Ela olha pra trás, você olha pra trás
E não só uma vez
E não só duas vezes
Faça o pesadelo sumir
Faça o pesadelo sumir
Há uma luz escondida em você
Há uma luz escondida em você
E os quebra-cabeças se encaixam

domingo, 11 de maio de 2008

Sâo Paulo e o Frio.

Queria mais dias frios em São Paulo.
No frio você se recolhe em si, reflete e se conhece.
Céus de brigadeiro só nos aproximam da urgência, só principiam a premente idéia do: corra, faça algo útil para sua vida, aproveite-a hoje, agora!
Queria mais dias cinzentos, que nos convidam a um bom livro, bom filme, ao aconchego do calor de um grande amor.
Que nos convidam ao chocolate quente, ao vinho.
Que nos faz cobrir nossas vergonhas demasiadamente expostas já.
Calor ululante eu só aprecio em lugares apropriados, praia bonita principalmente.
Céu azul não combina com nossa selva de pedra, com ruas entrecortadas de cimento e chão.
Com almas frias no contraste do céu esplendoroso.
Céu azul combina antes de tudo com a mansidão do oceano, com a descontração de uma criança brincando na areia branca.
São Paulo combina com o cinza, com o frio, e por poucos dias do ano dele devia ser desfazer.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Quisera um amor

Quisera um amor que pairasse acima da minha insensata loucura.
Quisera um amor que sobrevivesse ao rancor, ao amargor do dia e a lágrima da noite.
Quisera um amor benevolente, que eterno e não etéreo fosse e ficasse.
Quisera um amor que entendesse minha carência vacilante, minha tola insegurança diante de tudo que desconheço.
Quisera um amor que soubesse mais de mim do que eu mesmo, e aquém de tantos defeitos encontrados dissesse: Eu te amo como nunca amei ninguém na face da terra.
Quisera um amor que considerasse minha lealdade, meu companheirismo, meu carinho e minha insana mania de demonstrar eloqüentemente tudo que sinto.
Quisera um amor compreensivo para com a minha ambigüidade, meu humor mambembe e meu olhar de cão abandonado.
Quisera por fim, um amor que regozijasse com o meu conjunto, que me amasse por meus méritos e qualidades, mas principalmente, que me amasse por toda fraqueza de um ser envolto em alma.

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Eterno recomeço

Na hora que a lágrima invade o dia claro, o azul do céu não consola. Ofusca e cega. Na hora que o coração pára, a descrença emudece. Na hora que as palavras perdem o sentido, a desconexão, o grito. Você treme, cala, desaparece. O quarto te engole, as horas te partem. Não há volta, o dito e feito não retrocedem mais. O ser não muda, modelasse. Mas em períodos longínquos, não como um raio. A percepção fica clara, te assusta te mata. Ninguém muda. Por quê?Você se pergunta, e finge não ver, é muito cedo pra crer. Descobrir que o ser que idealizou, vagou apenas, morou por um tempo na parede do seu sonho romântico, não era real, era miragem, só você enxergava sedento que estava. E o choque desta triste constatação? È brutal fere. Mas logo inventamos outra realidade, migramos de sonho, espaço. Precisamos!È a lei da sobrevivência da alma, ter sempre algo para acreditar, senão... Senão morre!E desvairados e fingidos desavisados, abrimos a porta para outro sonho, outra imersão. Até que está outra quimera do amor, mais uma vez se alastra, agiganta-se e por fim desaparece. E novamente reinventa-se o universo particular que por hora habitamos, mas... Até quando?

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Sobre o que vejo

É neste vale de valores ausentes, fonte profícua de futilidades ímpares que sigo em frente.

Ensimesmado e cada vez mais desconcertado que caminho. É secando as lágrimas que nem caem mais que sigo.

Não há volta. É irreversível este processo interno rumo ao deserto de sentimentos.
Não sopro palavras de uma felicidade inexistente aos meus ouvidos, pois, nada no meu mundo se parece com o sonho imantado daquele ingênuo menino de outrora.

Deixo o mundo aos felizes autômatos na sua sina vâ.

Agarrados perpetuamente na ilusão fagueira que conduz seus destinos.
Firmes na inconsciência que nem teima em aturdi-los.

Captando as mensagens subliminares que lhes trazem algum diminuto conforto.
Para mim só restou no vácuo, um resto de alegria que gira imperiosa, porém, dominada pela melancolia reinante.

Este reflexo da minha realidade te atordoa? Pois é a sua!

Sem ilusões. Elas não me bastam mais, e um dia também a ti não bastarão.

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Me aceite

Me aceite do jeito que sou.
Só eu sei o que vivi. Lá longe, desde que abri os olhos para a vida e as experiências se avolumaram, moldei-me as percepções dos meus sentidos, olhos e alma. Sou eu então, esta somatória impressa com tinta perene.
Não há formas, modelos, paradigmas que sirvam para todos. A minha verdade é turva, meu pequeno mundo particular é laureado de incertezas, meu cotidiano às vezes é de fuga em dia de sol.
Mas sobre o que fui, sou e serei, ninguém saberá mais e melhor do que estes meus olhos indescritivelmente assustados.
Não tenha a pretensão de me julgar. Conservo a humanidade presente em cada um de nós, porém, como sou único e ímpar neste mundo e como tal não me bastam os clichês infindáveis sobre felicidade, alegria e tudo que se deve ser ou fazer para sentir-se minimamente confortável no mundo.

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Será

Será saudade do que foi, ou do que ainda virá?
Será o amor perdido gritando, ou o nascer do derradeiro?
Será angustia da solidão de hoje ou um rito que me fará mais forte?
Será este sorriso efêmero esboço mal-acabado daquele iluminado?
Está tudo certo, riscado e traçado por toda eternidade?

Será que o essencial “amor” tão invisível aos olhos um dia fará morada?
Trará as ilusões de sempre ou virá imantado de paz e a certeza que aos céus é rogada?
Só virá quando não mais procurar, ou independe da nossa esperança incessante?
Muitas escolhas, muitos destinos, mas qual será o nosso?

sábado, 15 de março de 2008

Quem somos nós para os outros???



Não sei se o mundo é bom, mas ele ficou melhor depois que você chegouuu..

Muitos dizem que não há motivo pra tristeza, nem pra solidão. Mas quem esta triste muitas vezes não procurou a tristeza, sabe-se lá que caminho trilhou em sua jornada, muitas vezes nada podendo fazer para mudar seu curso. Sabem-se lá os momentos que marcaram com tinta perene sua alma, marcas às vezes dolorosas, de provação, de espanto. Sabem-se lá os meandros ainda obscuros da nossa personalidade em constante mudança e formação. Sabem-se lá as fraquezas desta alma, que indubitavelmente é a nossa também, na busca por paz e luz. Quem sente um vazio na alma, queria sim estar feliz, rodeados de amigos. Rindo com gosto de piadas sem graça, fazendo a sua graça com tudo e todos. Estar sozinho e também feliz, rindo de si mesmo, admitindo o absurdo que é nossa vida e achando tudo um barato. Feliz com gente ou ausente. Queria sim olhar e ver o melhor da vida e seus variados caminhos.
Ninguém é triste porque quer. Ninguém se ausenta de si mesmo por vontade própria.
Mas há caminhos de entendimento e ajuda.
Na nossa pequena e ilusória forma de ver a vida, só nossa dor é verdadeira.
Só nossos problemas são realmente grandes, para o outro falta força de vontade, para o outro falta fé, falta amor, falta Deus no coração.
Pois, chegada é à hora de despir-nos deste egoísmo, lançar um olhar dadivoso as pessoas ao nosso redor. Amor, carinho e apoio incondicional a todas as pessoas por quem nutrimos algum sentimento especial, nunca se esquecendo que por ser falível esta pessoa pode até ter nos machucado um dia, mas que consigamos estender os ensinamentos de Jesus e saibamos perdoar e mais do que isso, sem tola vaidade, que saibamos reconhecer em nós mesmos aquele ser. Se não falta Deus na vida de quem tem a pretensão de ajudar, não devia faltar também entendimento de que apoiar, não é criticar exacerbadamente e agressivamente, é sim, fazer um afago na alma. Levantar a moral da pessoa com injeções de “verdades” que muitas vezes nada mais são do que exaltações do nosso ego que se presume dono da razão. Sobretudo quando as tristezas provem da solidão, da carência interior, do vazio existencial O amor e carinho são percebidos de forma suave, com uma presença tranqüila, amiga. É confortar a dor quando só o silêncio falar.
Muito desta solidão comum a muitos vem das ilhas que somos cada um de nós. Distantes dos outros, alheio em nossa mesquinhez do dia a dia, perdidos em orgulho, egoísmo e vaidades mil.
Que Deus abençoe e proteja os seres que conseguiram já, a duras provas despir-se do egocentrismo medonho e oferecer um pouco de amor e de si ao outro, que muitas vezes esta num silencio acolhedor, um... Deixar estar, um eu estou aqui não se preocupe; um carinho, um silêncio que nada pede nada pergunta, só entende; Um gesto amoroso realmente vale mais que mil palavras. Mas se quiser ajudar realmente com palavras, quando a pessoa percebida do seu apoio, manifestar-se de forma agradecida, diga somente que: Por você faria mil vezes. E mais nenhuma palavra será necessária. Há muito amor a ser dado, permita-se doar do seu a todos que carecem, doe-se inteligentemente, carinhosamente, amorosamente. E será que existe algo melhor do que morar pra sempre no coração de alguém que tem seus olhos compreensivos, sua calma acolhedora, seu ombro amigo como lembrança eterna? Nunca se esqueça que as gargalhadas intermitentes esvaem-se no tempo da memória, a efêmera alegria de momentos furtivos não perduram, porém, a força oferecida a alguém nos momentos de dificuldades lancinantes, está quebra as barreiras do tempo e volta pra gente em forma de amor, acalenta a nossa alma, purifica, liberta e nos aproxima de Deus.
Texto que estendo a todos que de alguma forma buscam no silêncio das palavras e na compreensão, oferecer sentimento e força aqueles que mais precisam de nós.

Felicidade

Uma pergunta simples... Bom nem tanto, mas vamos lá. Qual seu maior sonho?
Ser feliz é uma resposta quase instintiva, mas por quê? Ainda não é? Porque a resposta mais comum não é: continuar a ser feliz como sou hoje!? Pois se é feliz hoje, seu sonho que sempre indica futuro é continuar a manter esta felicidade, certo?
Existe pílula mágica pra felicidade? Prozac não vale. A resposta é não.
A Felicidade é algo interior, não encontraremos no mundo exterior nem em ninguém. Mas esta frase não soa um tanto quanto distantes pra nós, pobres mortais? Para os budistas, felicidade verdadeira, a tal “iluminação” só será atingida com a ausência total de desejos. Segundo esta crença, o Desejo é a causa da nossa infelicidade, pois é algo que não cessa nunca, nunca se satisfaz.
Então, talvez felicidade e sobretudo a eterna que tanto desejamos, não seja algo para um mundo como o nosso de expiações e provas, material, grosseiro, impermanente e repleto de... Desejos.
Felicidade eterna foi um conceito que venderam pra nós e compramos fácil demais, e refém nós ficamos desta idéia de ter que ser feliz a todo custo, a toda hora e a todo segundo. E nunca conseguimos da forma completa que queremos, (lembra de que o desejo nunca cessa?) o que só aumenta a nossa angústia e o pior, quando mais corremos atrás dela, mais distante ela fica.
Se esta numa semana feliz, num dia feliz, até mesmo em hora feliz, aproveite!
Não será sempre assim, não espere que seja. Nunca será, não aqui.
Não acostumou ainda com esta montanha russa que é nossa vida e nossos sentimentos?
Nem eu, mais já esta mais do que na hora. Quem sabe sendo feliz quando Deus, a vida, as pessoas, as situações assim permitirem. Por uma hora, por um dia, por semanas quem sabe e claro: desejando menos. Paremos de correr atrás de algo que se não for espontâneo, nunca preencherá o vazio que sentimos. Palavras ao vento ou um caminho a seguir? Cabe a você a resposta.

Sobre a busca de um grande amor

A maioria das pessoas sonha viver um grande amor. Por anos e anos vagam na esperança de encontrar de fato sua "cara metade”. Vagam por relacionamentos vazios, sentindo uma solidão pungente e angustiante. Vagam assim, como quem espera um ganho na loteria.Porém, se esquecem que este "amor," é feito de pessoas falíveis e como tal nunca será como nossa vã esperança e expectativa almejam.Aliás, mesmo quando acreditam ter encontrado seu grande, único e definitivo amor, agem de forma totalmente egoísta, esperando que o outro perceba sozinho à dádiva de ter encontrado um anjo....Não!O amor sozinho nunca mantém ou manterá relacionamento nenhum. Por anos acreditei que quando amasse de verdade todo o "pacote" de paciência, companheirismo, cumplicidade, carinho e tudo que é de suma importância para uma relação duradoura vingar viriam assim como que por mágica.Pois bem, hoje sei que não virá. Nunca será tão simples assim. Amar dá trabalho e muito. Exige disposição e vontade suprema de abrir mão do egoísmo, tão próprio do ser e da sociedade em que estamos inseridos. Pensar menos em nós mesmos hoje em dia, é algo inimaginável para muitos, porém é imperativo para uma relação a dois vingar, esta renúncia ao ego, que nunca deve ser confundida com a perda do amor-próprio em nome do outro.Relação a dois depende de troca, só as mães amam incondicionalmente. Então somente quando ambos os parceiros encontram-se preparados para esta renúncia do ego em nome do amor e da relação é que amar pode dar certo, porém está simetria de sentimento e maturidade é algo tão difícil e raro quanto um eclipse solar.Mas gente, não deixemos de acreditar, e principalmente não deixemos de conhecer a nós mesmos de tal forma, que quando os sininhos baterem para ambos, o nosso coração esteja preparado para a dádiva e o reconhecimento de que o sentido de tanta busca e desengano cessou.E finalmente o Adeus no final será somente das confusões e esperas, que tanto angustiou por anos nossas almas solitárias.
Sou este todo

Não. As palavras não definem meu ser. Nem tenho a pretensão de fazê-lo com as mesmas. Somos muito mais complexos, nem adianta ter pretensão que assim seja. Mas de uma maneira intrínseca, às vezes me sinto como as palavras indicam nos meus textos. Sou assim, complexo, às vezes melancólico sim, às vezes positivo, às vezes triste, às vezes feliz da vida. Com meus altos e baixos, lutando pra ficar são, pra não cair, buscando sentido na vida, algo a mais do que simplesmente sobreviver, e ver milhões morrendo de fome, outros tantos padecendo de dores físicas e psicológicas, mães desesperadas, vidas roubadas. Algo me diz que cada dia também é uma oportunidade. Viemos pra crescer, pra melhorar, pra evoluir. Eu penso, logo existo e tão logo não me satisfaz o pouco que satisfaz tantas pessoas. E não no sentido material, e sim o pouco amor ao próximo, o pouco carinho, a pouca generosidade, a compaixão inexistente pelo nosso próximo. E do muito também quero me livrar. Do exagerado egoísmo, da vaidade, da arrogância. Abram seus olhos, não nascemos robôs, temos um coração no peito, e a vida é muito para sermos apáticos e indiferentes. Vou lutando, contra meus fantasmas, meus medos. Com coragem! Vou errando, aprendendo, mas nunca indiferente, continuo olhando as pessoas, como a mim próprio. Vejam quantos contrastes. Não sou herói e têm dias que me apertam o peito, outros são de sol esplendoroso. Ah to acostumando com a montanha russa, você já conseguiu?
Meu eu

A sombra do que fui não influi
Alguém que sonhou e perdeu-se na vastidão das dores humanas.
A dor da solidão pungente me partiu. O ruir de sonhos me excluiu.
A realidade engoliu o romantismo que um dia existiu. O pragmatismo de todos me trouxe próximo de uma realidade de relações práticas, não minha até então. Agora somente contratos com o tempo e uma fuga da solidão que sempre me alcança.
As decepções correram como rio e eclodiram no mar, que um dia foi de amor e hoje busco como um naufrago, o pouco que sobrou.

Sobre o amor

Uma reflexão e uma prece

O amor é mais que três palavras proferidas num momento de emoção ou ilusão fagueira.
Amor vai muito além do sorriso efêmero de um momento dividido com alegria.
Muito além do conforto de não sentir-se só no mundo.
EU TE AMO hoje é dito profanamente, pretensamente, ilusoriamente.
Na nossa vã ilusão de pertencimento, confundimos o sagrado com o profano, o que vem de Deus com o mundano.
Este pseudo-amor que a maioria das bocas destila em uma velocidade assustadora e ilusória, este não me interessa.
Se o amor maior oferecido é este grosseiro, material, egoísta e vaidoso. Se o amor recebido hoje é somente contrato com o tempo contra a solidão arrebatadora, então deste amor livre-me Deus e proteja-me das ilusões que cercam minha alma. Pra viver um amor sem dano, antes um só verdadeiro na vida, que diversos pretensos amores que no afã da nossa busca incessante ilude e conduz a alma a decepções e feridas de difícil cicatrização.

Eu já não me importo

Já não me importo com riqueza, dinheiro, nobreza.
Nem com títulos, diplomas e honras.
Já não me importo com ter, parecer sem por que.
Hoje busco apenas ser, entender e crescer.
Já não me importo com meu eu ridículo, palhaço sem riso.
Já não me importo em ser juvenil, me confesso infantil.
Já não me importo com a moda, com grifes e hits.
Já não me importo em ser diferente, tristonho, carente.
Já não me importo com o medo, com a dor e o temor.
Já não me importo com dia que foi já passou.
Já não me importa a solidão, o vazio, o rancor
Já não me importo com os seres autômatos da alma
Que perderam a razão ou se fecharam nela.Quando verdadeiro não morre
Quando eterno nunca será etéreo.
Quando encontrar não desista nem resista.
Quando cruzar seu caminho,
Abra todo pacote de sentimentos bons que aquece seu peito.
Afaste-se de tudo que desagrega, busque o resgate da pureza, não se desfaça nem esmoreça.
Não desista nunca. O encontro de almas é algo raro, não permita que a realidade cortante da nossa vida contemporânea nuble e apague a luz do amor se deveras existir.
O sonho nunca termina na nova família que se aninha. No carinho do dia, naquela certeza infinita, de que em vão não passamos à vida.

Num segundo

Nenhum sorriso genuíno e espontâneo
Nenhum amor sagrado, somente profano.
Nenhum Eu Te Amo Verdadeiro
Nada além de ilusões em paixões.
Nada além de contrato com o tempo contra a solidão.
Nenhum juramento ou pacto de amor
Nada conjugado no eterno, somente no etéreo e estéril.
Nada de puro, resgate da essência.
Nada que aproximasse almas e aplacasse a distância entre corações.
Todos os verbos, adjetivos e afins conjugados na mentira inconsciente.
Verdadeiramente no fim, só minhas lágrimas de espanto.
Somente uma alma partida por estas tristes constatações.Mesmo que tenha dado do amor mais do que coubesse neste meu pobre coração.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Sobre o ser e o tempo




Conservo na mente a imagem daquela criança.
Inconsciente da maldade da gente.
Inerente ao abandono crescente.
Feliz pelo não saber.
Quando cresci, junto a mim cresceram os defeitos, dos outros e os meus mesmos.
O meu abrir de olhos não tinha direção
Hoje é sempre veloz
Em busca de algo, de alguém que não se encontra.
Enxergo apenas, algumas figuras nebulosas, esquivas.
Ah pobre ilusionista da verdade ausente.

Hoje sou assim: Aguardo o próximo número, acreditando na ilusão premente que até engana os olhos, mas teima em sumir perpetuamente, como um espectro que acreditamos ser gente.
Então retorno ao longínquo e valoroso passado distante.
Sonhando com aquele menino com o olhar perdido no horizonte, o mesmo que pensou pretenso, que no mundo que via gigante, ele nunca, nunca ia ser grande.




Deixo tudo assim não me importo em ver a idade em mim

Ainda procuro aquele menino que ficou no passado.Ainda procuro a inocência irremediavelmente perdida.Um certo que de bondade que os olhos enxergavam em todos.Os olhos viajam por um mundo cada vez mais veloz.E veloz também se transformou nossas relações pessoais. Por isso cada dia de resgate do que realmente importa na vida, deve ser comemorado por almas sensíveis.Por isso não perco a oportunidade de dizer sempre o que sinto, principalmente se este disser vier acompanhado daqueles sentimentos imprescindíveis: amor, ternura, carinho, gratidão.Sei que o coração clama por afeto. Não só o meu. E distribuo o meu melhor sorriso e minhas palavras de gratidão a todos que de forma particular tornam meu mundo mais bonito.Cada um amadurece há seu tempo, pra mim o ano que se passou foi repleto de lutas e no final sintetizado com a palavra: renascimento. Cresci mais em um ano do que em muitas primaveras. Completo agora 27 anos com muita alegria de estar vivo, neste mundo nem sempre justo, porém, brindo e celebro a vida, feliz com o que tenho e com o homem que estou me tornando.Perdi o medo. Descobri que de verdade, quero que aquele menino do passado assuma o controle. Acho que quanto mais o tempo passa, maior se torna a nossa necessidade de regatar a pureza que só em tenra idade possuímos. Ser adulto sempre é muito chato. Não se trata de ser irresponsável, mas de viver mais e pensar menos. Se permitir mais e se preocupar menos, afinal estamos neste mundo de passagem. Acima de crescimento profissional ou pessoal, quero crescer de alma. Quero crescer em espírito e verdade. Conservar minha riqueza maior: minha família! Todos com saúde e ao meu lado, meus pais amados, e os únicos que verdadeiramente me amam e me amarão pra sempre.Não busco mais a felicidade, apenas a deixo bater em minha porta nos momentos que mereço. Sim, aproveito hoje tudo que a vida me dá. Claro que em alguns dias com chuva e céu nublado no coração, mais que rápido como um raio, se transforma em céu claro e de muita luz.27 anos... È estranho pensar em nossa idade cronológica.Todos sempre comentam da velocidade com que a vida moderna nos atinge. Os anos que parecem meses, os meses que nem vemos passar e logo é Natal de novo, refazemos então nossos votos de mudanças e ajustes para o novo ano e assim caminhamos, abrindo espaço para novos planos e realizações e deixando outros de lado. Já que não é possível agarrar o tempo e amarrá-lo ao pé da cama, façamos dos nossos dias então fontes profícuas de aprendizado. Distribuindo amor, sorrisos, alegria, compaixão. Doando-se mais aos outros, saindo da defensiva, e fugindo da ilusão do apego as coisas materiais e o apego desmedido ao seu ego.Somos iguais, nada do que TEM torna você melhor que os outros. Foi quando comecei a enxergar em cada olhar um reflexo meu, que perdi o medo de gente, que senti humilde e internamente a igualdade de todos nós, e o quanto são tolos aqueles que agem de forma presunçosa e arrogante em suas relações pessoais. Se o que eu sou é também o que eu escolhi ser, aceito a condição!