domingo, 30 de novembro de 2008

Sereis Livre.




A suposta alegria de muitos não me apraz. Não busco lenitivo nesta sede incessante por coisas que nunca confortarão nossos corações perdidos, nossa alma sedenta por mais, sedenta por uma felicidade vã.

Este sorriso amarelo que me oferecem está preocupação falseada que alguns fingem ter.

Porque tanto jeito para disfarçar a suprema indiferença por tudo e todos?

Seguimos hipócritas, fingindo que nos importamos, e não.

Seguimos com belos discursos que não convencem nem a nós mesmos.

Seguimos maquiando defeitos da alma em nome de algo que chamamos de personalidade.

Sendo severo no julgamento aos outros e um anjo do perdão e indulgência nas poucas vezes que conseguimos enxergar algo negativo em nós mesmos.

Ou dilacerando nosso espírito com tola comiseração, inúteis culpas eternas, sem forças para reagir, autômato de alma.

Seguimos egoístas, querendo que o outro aceite o que nós nunca aceitamos.

Querendo que o outro entenda o que nunca tentamos entender.

Querendo suprir o vazio interior com artifícios inebriantes e ilusórios.

A completa e irrestrita ausência de valores vivenciada hoje só é reconfortante para o ignorante, para o cego de certas verdades indeléveis.

Mas um dia entenderemos sobre a inutilidade em desperdiçar nossa vida estando à margem de si mesmo, será como um clarão em nossa mente a certeza de que o profundo sono experimentado em relação às verdades do espírito, só confunde e infelicita, nunca liberta nunca nos aproxima da nossa destinação maior que é Evoluir!

domingo, 23 de novembro de 2008

Vislumbro

Vislumbro a paz, irremediavelmente alcançável, sinto-a branca, aconchegando em mim.
Vislumbro a alegria de um olhar, acariciado por meus atos de amor e carinho.
Vislumbro o raiar de um novo dia, nos convidando a brindá-lo serenamente.
Vislumbro o sol, com sua luz a queimar nossa face com mansidão.
Vislumbro noites amenas e tranqüilas, agraciadas por horizontes enluarados.
Vislumbro a retidão de caráter. O dominar-se a si mesmo.
Vislumbro A benevolência em atos, o olhar calmo, as mãos que só afagam e não ferem.
Vislumbro sim, um desapego à vaidade lancinante.
Em outros seres eu me enxergo a todo instante