terça-feira, 13 de janeiro de 2009

17/01/2009. Eu = 2.8 (O tempo não para...)




Aos 18 acreditava que aos 28 seria tão forte, destemido, brilhante. Casado, com filhos, sem conflitos, sem carências, emprego dos sonhos, etc. Por que será que a gente sempre acha que o futuro trará por si só o pacote completo de felicidades que o presente nem sempre trás? Fácil. Porque é sempre cômodo pensar assim. Dá muito trabalho evoluir, dá trabalho crescer. Dá trabalho livrar-se do vitimismo que nos acomoda. Dá trabalho vencer por si só a carência, a solidão. Dá trabalho livrar-se do egoísmo, vaidade. Dá trabalho livrar-se do apego desmedido as coisas materiais, do consumismo vil. Dá trabalho estudar, ler, aprender. Dá trabalho amar. Dá trabalho ser mais paciente, doar-se, entregar-se. Enfim... Dá muito trabalho galgar degraus morais, intelectuais, amorosos e através de luta incessante ser o que deveríamos ter sido nos nossos sonhos idílicos.
Precisei de muitos anos para enxergar está verdade inexorável. Cada um no seu tempo e através do sofrimento e aprendizado necessário percebem que o mundo externo não é desculpa reconfortante para a estagnação como ser.
Somos fruto de variados aspectos da vida, mas que ninguém exima- se de sua responsabilidade, pois, livre é para utilizar seu livre arbítrio da forma mais conveniente e condizente com o entendimento, clareza, força e beleza de sua alma. E a virtude e tudo mais que deveras sonha para si, nunca se esqueça, só chega através de árdua conquista, não caem do céu como a chuva.
Emergi de um sono profundo, de uma prostração cômoda. Ainda há muito que fazer, sempre haverá.
Mas antes de um verdadeiro despertar de alma, não há como plantar um novo amanhã.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Meu Eu.





MEU EU.

Ah, está incontrolável vontade de exprimir o inexprimível.
Está minha tola tentativa de verbalizar o que diz melhor minha retina.
Saudade indizível destes sorrisos que ficaram no caminho.
Saudade daquele sonho que em vão tentamos agarrar, o mesmo se esvai por entre dedos e corações sem realizar-se. Assim como um balão de gás, daqueles que num deslize se perde para sempre no céu de brigadeiro.
Ah, saudade dos seres que cruzaram meu caminho de maneira singular e se foram, não sem antes deixar um pouco de si aqui comigo. Sou fruto deste emaranhado de almas benditas, um conjunto que ajudou a formar o que sou.
Ah, quantos foram tanto pra mim, se soubessem minha eterna gratidão. Mesmo que estes meus olhos, um tanto tímido, algo desconfiado, escondido ficou. Quem sabe aquelas palavras que calei, este conjunto de letrinhas que por vezes para na garganta, e volta para o coração sem pronuncia e sem tradução. Sou está soma de todos que de alguma forma tocaram minha alma, para o bem ou nem tanto, e mesmo estes, eu agradeço. Todos os caminhos, mesmo os tortuosos, me tornaram mais forte.
Oh saudade infinita daquele tempo antigo, da família reunida. Quando papai Noel para mim ainda existia. Onde foi parar aquele sapatinho na janela? Desta fase incomparável e valorosa que vivenciamos chamada inocência.
De tudo, revendo fotos da velha infância, relembrando as pessoas que figuraram neste meu pequeno universo particular, me transporto direto para aqueles olhos de outrora, e percebo alegremente o quanto conservo sonhos pueris, algo intacto em meu interior, um lugarzinho especial ainda não corrompido e por isso agradeço, pois, é a certeza da minha capacidade incoercível de amar.