quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Mensagem de Natal.




Mais um natal chegando e afinal, alguém lembra mesmo o que se comemora no Natal? Ou será que andamos mesmo é perdidos e esquecidos entre tantas sacolas, enfeites e comidas típicas da época? Sim, dias 25/12 comemoramos o nascimento de Cristo, aquele mesmo que mostrou sua virtude com exemplo e isso vale mais do que qualquer discurso pomposo. Nos dias de hoje, aposto que muitos adorariam que o mesmo tivesse Orkut, assim ninguém esquecia seu aniversário, não é mesmo?
E você, o que pretende dar de presente ao nosso Salvador neste Natal? Não, ele não aceitará nada material, nem em corpo ele acreditava que isto pudesse nos trazer alguma benesse. Alguns dirão: Talvez, lhe darei mais um punhado de promessas vãs sobre o quanto dignificarei seu nome sendo e agindo de forma virtuosa como prega o evangelho. Palavras o vento leva... Não é mesmo?
Quem sabe então, se após grande reflexão, descobríssemos nosso maior defeito, aquela chaga moral que nos envergonha. Porque não lutar de forma incansável no ano vindouro e oferecer a Jesus uma alma mais dadivosa e luminosa?
É tempo de aniquilar com todas nossas forças por mais difícil que seja: o fatalismo, a preguiça, o orgulho, a vaidade e sobretudo está chaga chamada egoísmo e buscar incessante e incansavelmente, a virtude que não nos julgamos capazes de obter. Somos capazes sim. Desejo a todos, que a lágrima derramada na noite de Natal, não seja apenas a lágrima da data triste que nos lembra quem partiu, nem também apenas uma reverberação da nossa sanha consumista como deverás vivenciamos nos dias de hoje. Talvez um dia, neste dia, a alegria interior será tão pungente, a certeza de estarmos trilhando o caminho certo brilhará com tamanha força, que o que ofereceremos a Jesus, serão luzes, repletas de paz e harmonia, irradiadas do nosso coração regenerado.

Rodrigo

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

2008

Finda-se o ano de 2008 e com ele um pouco de nós também fica pelo caminho.

Aguardamos este momento de fim de ano para reforçar promessas, reafirmar a postura de um novo ser que nascerá junto com o ano vindouro. Promessas de buscar uma felicidade escondida há tempos, silenciar interiormente idealizando uma calma inexistente, se livrar por hora da chaga do egoísmo reinante, da vaidade deturpante. Cuidarei do corpo, da mente e da alma com muito mais afinco do que no ano que se vai. Ah, sem esquecer-se de realizar os nossos famigerados sonhos, ou ir ao menos em direção dos mesmos. Porém, sabemos que a folhinha de calendário por si só não resolverá nossas mazelas, nem trará aquela paz zen budista tão sonhada, mas acreditamos ser possível, e como acreditamos.

Se o gênio da lâmpada me concedesse um desejo para 2009, apenas um, diria: desejo desejar menos. Desejando menos serei muito mais feliz, desejando menos minha paz se agiganta, meu interior se aquece e tudo que receber do mundo, receberei agradecido, e assim quem sabe, nos livremos pelo menos um pouco daquela incomoda sensação de insatisfação crescente que nos domina cotidianamente. É isso aí, desejar menos... Estar cônscio de não sermos nada mais do que um grão de areia dourado neste universo infinito e mesmo assim, regogizar intimamente com todas as implicações de insignificância e grandeza contidas nesta aventura ilógica que é viver.

Pra mim, todo fim de ano traz um pouco de uma saudade indizível, quando percebo a casca do tempo que se esvai sem trégua, quando vejo tantos momentos eternizados e que sabidamente serão sublimes na parede da memória, e outros tantos ainda por viver. Tenho tanta saudade do que ainda virá. Tantas etapas para conquistar e outras conquistadas já, batalhas internas que venci este ano, medos perdidos, dores superadas, uma aceitação maior do que sou, e não mais a eterna lamentação do que eu deveria ter sido, até porque estou vivo para buscar ser o que deveria ter sido.

Em cada ano que finda, cada pagina virada no calendário da vida, um pouco de um Rodrigo que não se sabe mais aquele dá Adeus a si próprio, e quase consigo vê-lo no espelho imaginário, derramando aquela lágrima intrínseca às despedidas e desejando toda sorte do mundo para o novo que ainda virá.

Que os bons ventos de 2009 me tragam e tragam a todos, antes e depois de tudo: amor e aceitação! Sim, amor e aceitação no seu sentido mais amplo e verdadeiro.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Para obter resultados diferentes.

“Em uma relação amorosa, se a convivência é ruim, a paciência é zero e o respeito nulo, não duvide, ficará pior com o tempo. Se as magoas se avolumarem, e você insistir insanamente viver está relação tóxica, o resultado pode ser no mínimo triste e traumatizante. Fuja de relações tóxicas. Sua saúde mental agradece”.

Acreditar no amor sim, achar que o mesmo transforma em dias ou meses a visão de mundo e toda gama de valores ou ausência deles, vivenciadas, sentidas e vividas pelos seres, durante sua vida inteira, é tolice! Por isso redobre a atenção, este ser humano com quem você divide sua vida neste instante, assim o será por um longo tempo ou quem sabe pra sempre, com todos os defeitos e qualidades que emanam da sua personalidade. Está feliz com esta constatação? Ótimo; Se não está, fuja logo.

Não prometa muito e nem acredite em promessas. Lembre-se do Cazuza, fazendo suas “promessas malucas tão curtas quanto um sonho bom”. Evite promessas e desconfie das ouvidas. Muito das promessas que ouvimos ou dizemos são apenas isso mesmo, “tão curtas quanto um sonho bom” que se transformam em pesadelos e cobranças mais adiante.

Só o sofrimento traz crescimento! Adoro está frase e concordo muitíssimo com ela. Agora, escolher sofrer e viver situações desagradáveis por livre e espontânea vontade é de uma estupidez sem tamanho.

Seja otimista em relação ao ser humano. Mas não exagere. Cada um é o que é. E a mudança dos seres, assim como mostra nossa natureza, não vem a galope. Só mudamos quando enfrentamos sofrimento atroz e depois de muito tempo e boa vontade, aliás, muita boa vontade interior. Mas boa vontade e perseverança nunca se confundem com acomodação e palavra vã. Esteja atento aos detalhes. Quem dorme um e diz que acordou outro ser, está no mínimo contando uma estória mambembe para si e para os outros.

Por fim e o mais importante: Aprenda com suas falhas; mude; reinvente-se; e tente não ser insano, cometendo sempre os mesmos erros, esperando resultados diferentes.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

UM SONHO DE SIMPLICIDADE 2




Pensei em uma média razoável para mim. Ainda acho demais. Mas fiz está escolha simples. Contento-me com ela por hora. Decidi agir da seguinte forma: Escolhi cinco peças de cada item do vestuário, sem exceção, apenas cinco. O resto? Doação que sempre chega em boa hora para quem precisa. Salvo roupa íntima é claro; Dona Teresinha agradeceu...
Ainda é um privilégio eu sei, no país dos desprovidos, estar provido de tanto. Mas já é um começo. Mesmo não sendo consumista achei que tinha demais.
Às vezes precisamos de um choque para tomar atitudes simples. Crianças em abrigos, apenas com a roupa do corpo em Santa Catarina, centenas de colchões espalhados lado a lado, sim, muitos tinham sua casa, seu carro e perderam muito mais que isso. Perderam-se vidas humanas, famílias inteiras, mães sem os filhos, filhos sem mãe, dores que não cicatrizam.
Sim, tenho demais ainda. Só me desfiz de uma parte material, mesquinha, pouco, muito pouco.
Simplicidade, quem disse que preciso de 20 calças para ser feliz? Quem disse que o cartão de crédito sem freios cura minhas dores? Meus dissabores? Quem disse que o excesso nos faz falta??? O Natal chegando, o consumismo a mil, mesmo em tempos de crise. Aonde vamos com tantas bugigangas? Tantos enfeites? Tantas roupas que sequer chegaremos a usar? Tantas coisas inúteis? Desvirtuamos tudo sempre. Então decidi outro aspecto que julguei importante: Para cada peça que vier a comprar (não pretendo comprar nenhuma) ou ganhar, tenho que me desfazer de algo que já tenha, sem ultrapassar minha meta de quantidade por item. Ótimo, ao menos uma pessoa que tem apenas uma camiseta, uma calça, passará a ter duas; e têm tantos apenas com a roupa do corpo neste exato momento.
Sei que é uma postura até certo ponto insignificante perto de tantos necessitados, mas se outros tantos encontrarem dentro de si, um caminho particular para uma vida mais simples, fugindo da ostentação, dos excessos, do consumismo vil e desnecessário, quem sabe assim um novo horizonte mais iluminado brilhe para uma maioria que hoje assisti a tudo triste, com fome, sede, etc.
Minha pequena contribuição... Quem sabe não me contente com três peças logo mais. E se consegui fazer isso com roupas, o quanto não posso fazer com minhas mazelas internas hein? Ferir menos, enraivecer-se menos, ser mais paciente, calmo. Recuar na vaidade, inveja, egoísmo. Bem mais complicado não? Mas um dia chego lá, todos chegaremos! Afinal crescer, evoluir, desapegar-se e ser feliz com o que se tem, é um caminho mais seguro para tentarmos ir de encontro a tão sonhada paz interior e felicidade do que tanta matéria inútil. E você consegue desfazer-se daquela calça que adora? Ou aquela camisa linda que pagou uma fortuna (e nunca usou)? Tente! Aposto que será capaz e sentirá um alivio ao perceber que não lhe faz falta.

Ps: Minha mãe me olhou um tanto incrédula, antes praguejou um pouco. Chamei para uma conversa séria no quarto: Mãe, eu tenho algo sério a lhe dizer... Pelos dissabores amorosos recentes e variados por mim vividos, imaginou que eu iria virar padre ou missionário, viver recluso (recluso na casa dela o que é pior); Aposto que me imaginou aos 40 ainda em casa, comida no prato, coando o feijão pra mim (Deus é pai) então, deu-se por satisfeita quando (apenas) enchi três sacolas grandes com minhas roupas....