Não sei quantas almas tenho. Cada momento mudei. Continuamente me estranho. Nunca me vi nem acabei. De tanto ser, só tenho alma. Quem tem alma não tem calma. Sou minha própria paisagem; Assisto à minha passagem, Diverso, móbil e só, Não sei sentir-me onde estou. Por isso, alheio, vou lendo Como páginas, meu ser. O que segue não prevendo, O que passou a esquecer(...) Fernando Pessoa
sábado, 14 de março de 2009
Houve um tempo infantil, absoluto, incomparável e puro.
Houve um tempo em que deitávamos nas alvas nuvens do céu
Observando o pequeno mundo que lá de cima se via.
E ficávamos assim a brincar com a doçura dos dias
Tateando o paraíso que na alma se via.
Houve um tempo lúdico de noites enluaradas.
Onde ficávamos a contar estrelinhas
Aguardando o cometa que num segundo nos levaria.
Houve um tempo de paz no oceano infinito.
Onde deitávamos no azul de suas águas profundas.
Que num cálido sussurro dizia
A calmaria que deste coração imergia.
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