segunda-feira, 13 de julho de 2009

Eu tive um sonho, outro mundo é possível II





Num mundo ideal a força do nosso amor, seria como um raro cristal e permaneceria intacto (!) pelo tempo eterno que foge a brevidade das continuas ilusões prementes.
Num mundo ideal olharíamos o mar, boquiabertos da sua imensidão e dormiríamos juntos na praia, admirando o céu que de tão grande não cabe em nós, testemunhados por uma estrela cadente que riscou o céu só pra nos ver.
Num mundo ideal teríamos um cuidado imensurável com o outro, com nossos sentimentos, nunca esquecendo do eternamente responsável por aquilo que cativas.E riríamos de nós, de nossas tolas inseguranças, dos nossos pequenos grandes medos, cientes da fugacidade do tempo que nunca perderíamos a sombra das dificuldades diminutas.
Num mundo ideal dançaríamos ciranda aos 70, resgataríamos a nossa pureza infantil inata, ela foi corrompida sim, mas a buscaríamos seja lá qual for o cais em que esteja debruçada.
Num mundo ideal seriamos cônscios de nossa individualidade. Oferecendo espaço para o crescimento de cada um, apoiando, ajudando, oferecendo o braço amigo, a palavra amiga, nunca os massacrantes impropérios destilados nos momentos freqüentes que gritam nosso ego inflado.
Num mundo ideal viveríamos os sonhos de cada um a dois. Os seus seriam meus e os meus seriam seus. A felicidade só é verdadeira quando compartilhada, assim como os sonhos.
Seriamos os maiores admiradores um do outro, e mesmo com defeitos tão comuns a todos, está admiração só far-se-ia crescer e crescer e não teríamos medo do tempo, das rotinas, das horas lentas de décadas de convivência. O que destrói aos outros, só nos faria mais forte.
A chuva e o inverno não nos trariam más lembranças, nem finas melancolias. No aconchego do nosso lar, abraçados, confraternizando com a dádiva de aquecermo-nos um ao outro com o nosso amor, acharíamos graça destes desencontros que permearam com passagens tristonhas o caminho trilhado num passado desimportante de ambos.
No verão, iríamos ao parque aos domingos. Deitados na grama, contemplando a natureza e a vida que jorra como uma fonte eterna. Ali, a sós, admirados, servindo de moldura e complemento a uma beleza que não se dissolve neste nosso tempo perene.
E no fim, quando não restasse mais nada, ainda restaríamos nós.E deixaríamos nosso legado ao mundo. E permaneceríamos vivos eternamente na lembrança dos que compreendem e acreditam naquelas histórias mágicas que conduzem o fio da nossa esperança vida afora. Escrita com a verdade que tempo nenhum apaga ou destrói. Escrita com o cálido afagar do amor que desafia horas, anos e séculos. Escrita no vasto mundo interior, este sempre desconhecido mundo de cada um, que por sermos unos, penetramos mutuamente.

Um comentário:

Van disse...

... não se preocupe.. tenha fé e veja a coragem no amor...
...me diz o que é o sufoco que eu te mostro alguém afim de te acompanhar...

Continue sonhando.. logo ele se realiza..
Beijos, Van.